UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
FORMULÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA
 

UNIDADE: FACULDADE DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO: DEPTO. ESTUDOS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA E CONTINUADA
DISCIPLINA: Educação Indígena: Processos Próprios de Aprendizagem
CARGA HORÁRIA: 30 CRÉDITOS: 2 CÓDIGO: EDU06-15821
MODALIDADE DE ENSINO: Presencial TIPO DE APROVAÇÃO: Nota e Frequência
 
STATUSCURSO(S) / HABILITAÇÃO(ÕES) / ÊNFASE(S)
Eletiva DefinidaEDU - Pedagogia (versão 5)
Eletiva Universalpara todos os cursos da UERJ

TIPO DE AULA CRÉDITO CH SEMANAL CH TOTAL
Teórica2230
TOTAL 2 2 30

OBJETIVO(S):

Identificar diferentes modalidades de educação indígena, destacando aspectos que contribuem para reflexões sobre a educação nacional.
Desenvolver categorias fundamentais para pensar o sistema não escolar de educação indígena, baseado na tradição oral e na língua materna.
Analisar, em perspectiva histórica, a inserção dos indígenas no sistema nacional de educação, quando da introdução da escola e da escrita.
Discutir conceito de interculturalidade como eixo central da escola indígena diferenciada, baseada no pluriculturalismo, na aceitação das diferenças e no diálogo.

EMENTA:

Diferentes concepções e conceitos de educação indígena. Processo educativo em sociedades ágrafas: a produção e transmissão de etno-saberes. Tradição oral e papel da língua materna. Estado, cultura "nacional" e escrita: escola e políticas educativas de integração. Diretrizes para a Política Nacional de Educação Escolar Indígena. Constituição de 1988, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) e subsistema escolar indígena: formação de professores bilíngues, currículo e produção de material educativo. Língua materna e bilinguismo: fundamentos técnico-pedagógicos. Interculturalidade, educação bilíngue e construção de conhecimento. Pluriculturalismo e escola específica e diferenciada.

DISCIPLINA(S) CORRESPONDENTE(S):

EDU06-11359 Educação Indígena - Processos Próprios de Aprendizagem
 
BIBLIOGRAFIA:

FREIRE, José R. Bessa. La escuela y el museo indígena en Brasil: etnicidad, memoria e interculturalidad. Osaka: The Japan Center for Area Studies, 2002.
_______. La escuela indígena y la biblioteca intercultural en Brasil: libro construye biblioteca. México: Universidad Nacional Autónoma, 2001.
_______. La presencia de la literatura oral en el proceso de creación de bibliotecas indígenas en Brasil. In: Secretaria de Cultura: Modelos de biblioteca pública en Iberoamerica. México: CONACULTA, 2003.
_______. En qué medida es indígena la Biblioteca Indígena? El caso de Brasil. Lima, Peru: Internacional Federation of Library Associations, 2003.
_______. A extensão da Língua Geral no século XIX e a política de línguas. In: Revista Internacional de Linguística Iberoamericana. RILI. Vol. II. Frankfurt: Vervuert Verlag, 2004.
_______. Fontes históricas para a avaliação da escola indígena no Brasil. In: TELLUS - Revista do Núcleo de Estudos e Pesquisas de Populações Indígenas da Universidade Católica Dom Bosco. v. 2. n. 3. Campo Grande, Mato Grosso do Sul, 2002.
_______. A herança cultural indígena: quem são os herdeiros? Rio de Janeiro: Faperj, 2003.
_______. A representação da escola em um mito indígena. In: Teias. Revista da Faculdade de Educação da UERJ. Ano 2, n. 3. Rio de Janeiro: UERJ, jan./jun. 2001.
_______. Trajetória de muitas perdas e poucos ganhos. In: Educação escolar indígena em Terra Brasilis. Rio de Janeiro: IBASE, 2004.
_______. A imagem do índio e o mito da escola. In: MARFAN, Marilda (org.). Congresso Brasileiro de Qualidade na Educação - formação de professores: educação escolar indígena. Brasília: MEC, 2002.
_______. Maino´i e Axi´já: esboço do mapa da educação indígena no Rio de Janeiro. In: SOUZA, Donaldo Bello, FARIA, Lia (orgs.). Desafios da educação municipal. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.
POTY, Algemiro da Silva e outros. Escola Indígena Guarani Kyringue Yvotyty. Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Bracuí, s/d.
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS. Programa de implantação de escolas indígenas de Minas Gerais. Belo Horizonte: SEE-MG/Convênio com a UFMG, s/d.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ALEGRE, Juan Gondenzzi (comp.). Educación e interculturalidad en los Andes y la Amazonia. Cuzco, Peru: Centro de Estudios Bartolomé de Las Casas, 1996.
AZEVEDO, Marta, SILVA, Márcio. Pensando as escolas dos povos indígenas no Brasil: o movimento dos professores indígenas do Amazonas, Roraima e Acre. In: SILVA, GRUPIONI. A temática indígena na escola. Brasília: MEC/MARI/UNESCO, 1995.
BRASIL. Em Aberto. Educação Escolar Indígena. Painel n. 63. Brasília: INEP, 1995.
_______. Diretrizes para a Política Nacional de Educação Escolar Indígena. Brasília: MEC/SEF/DPEF/Comitê de Educação Escolar Indígena, 1994.
_______. Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas. Brasília: MEC/SEF, 1998.
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1992.
CIMI. Com as próprias mãos - professores indígenas construindo a autonomia de suas escolas. Brasília: Setor de Documentação, 1992.
COMISSÃO PRO-ÍNDIO. A questão da educação indígena. São Paulo: Brasiliense, 1981.
D'ANGELIS, Wilmar, VEIGA, Juracilda (orgs.). Leitura e escrita em escolas indígenas. Campinas, São Paulo: Mercado de Letras, 1997.
EMIRI, Loreta, MONSERRAT, Ruth. A conquista da escrita - encontros de educação indígena. São Paulo: Iluminuras, 1989.
FERREIRA, Marina K. Leal. Com quantos paus se faz uma canoa. A matemática na vida cotidiana e na experiência escolar indígena. Brasília: MEC/Assessoria de Educação Escolar Indígena, 1994.
FREIRE, José R. Bessa. Situación lingüística y escolar de los grupos indígenas del Brasil. In: Actas del Seminário Internacional sobre producción y promoción de material de lectura en lenguas indígenas. Venezuela: Ciudad Bolívar, 1997.
_______. Os aldeamentos indígenas do Rio de Janeiro. UERJ/DEPEXT/SR-3. Rio de Janeiro, 1997.
_______. Torü Nguepataü: uma escola Ticuna. Manaus: Criação, 1995.
_______. História e escola indígena. Comunicação apresentada no Seminário O Plano Decenal e a Educação Indígena. Brasília: SEF/DPE/MEC, 15-18 ago. 1994.
GRUBER, Jussara Gomes (org.). O livro das árvores. Benjamin Constant, Amazonas: Organização Geral dos Professores Ticuna Bilingues, 1997.
GRUPIONI, Luís Doniseti Benzi. Da aldeia ao Parlamento: a educação escolar indígena na nova LDB. In: Em Aberto. v. 14, n. 63. Brasília: MEC, jul.-set. 1994.
HERNÁNDEZ, Isabel: Educação e sociedade indígena: uma aplicação bilíngue do método Paulo Freire. São Paulo: Cortez, 1981.
MAHER, Terezinha de Jesus Machado: Ser professor sendo índio: questões de lingua(gem) e identidade. Tese apresentada ao Curso de Linguística do Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP. Doutorado em Linguística. 1996.
MELIÁ, Bartolomeu. Educação indígena e alfabetização. São Paulo: Loyola, 1979.
MONSERRAT, Ruth. Professores indígenas versus índios professores. In: Boletim da ABA. n. 16, abr. 1993.
MONTE, Nieta Lindenberg. Escolas da Floresta. Entre o passado oral e o presente letrado. Rio de Janeiro: Multiletra, 1996.
MUNDURUKU, Francisco Cardoso. Livro de Leitura Munduruku. Brasília: FUNAI, 1992.
NIMUENDAJÚ, Curt. Mapa Etno-Histórico. Rio de Janeiro: IBGE, 1981.
PÉREZ, Julio Calvo, GODENZZI, Juan Carlos (comp.). Multilinguismo y educación bilingüe en América y España. Cuzco, Peru: Centro de Estudios Bartolomé de Las Casas, 1997.
RODRIGUES, Aryon Dall'Igna. Línguas brasileiras. Para o conhecimento das línguas indígenas. São Paulo: Loyola, 1986.
SANTOS, Sílvio Coelho dos. Educação e sociedades tribais. Porto Alegre: Movimento, 1975.
SEKI, Lucy (org.). Linguística indígena e educação na América Latina. Campinas: Ed. UNICAMP, 1993.
SILVA, Aracy Lopes da; GRUPIONI, Luís Donisete B. (orgs.). A temática indígena na escola. Novos subsídios para professores de 1º e 2º graus. Brasília: MEC/MARI/UNESCO, 1995.
ZAPATA, Maria Elena, MEDINA, Milagro. La atención bibliotecaria a comunidades indígenas en el estado Amazonas de Venezuela. Caracas: Editorial La Primera Prueba, 1996.