UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
FORMULÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA
 

UNIDADE: INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL
DEPARTAMENTO: DEPTO. DE POLITICA E INSTITUICOES DE SAUDE
DISCIPLINA: Medicina e Sociedade
CARGA HORÁRIA: 40 CRÉDITOS: 0 CÓDIGO: IMS03-14087
MODALIDADE DE ENSINO: Presencial TIPO DE APROVAÇÃO: Nota e Frequência
 
STATUSCURSO(S) / HABILITAÇÃO(ÕES) / ÊNFASE(S)
Eletiva DefinidaFCM - Medicina (versão 8)

TIPO DE AULA CRÉDITO CH SEMANAL CH TOTAL
Teórica0240
TOTAL 0 2 40

OBJETIVO(S):

Discutir o fenômeno social da saúde, do adoecimento e da própria biomedicina a partir de uma mirada sócio-antropológica.
EMENTA:

A disciplina pretende discutir o fenômeno sócio-antropológico da saúde e do adoecimento, através de temas e textos que explorem sua dimensão cultural em diferentes contextos. Trata-se de levar aos estudantes de medicina uma formação a partir de um aporte das ciências humanas e sociais, abordando questões como formação médica; medicalização e medicamentos; gênero, sexualidade e saúde; a problemática normal/patológico e as classificações médicas; o impacto das novas tecnologias médicas; reflexões sobre início e fim da vida. Pretende-se aqui sensibilizar os estudantes, através de leituras clássicas e contemporâneas, para a dimensão histórica e cultural do corpo, da doença e da própria biomedicina.


BIBLIOGRAFIA:

BEZERRA Jr., Benilton. O normal e o patológico: Uma discussão atual. In A. N. Souza, & J. Pitanguy (Orgs.). Saúde, corpo e sociedade. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2006. (pp. 57-79)

BOLTANSKI, Luc. As classes sociais e o corpo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.

BONET, Octavio. Saber e sentir: Uma etnografia da aprendizagem da biomedicina. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2004.

DUARTE, Luis Fernando Dias. Investigação antropológica sobre doença, sofrimento e perturbação: Uma introdução. In DUARTE, L. F. D. e LEAL, O. F. Doença, sofrimento, perturbação: Perspectivas etnográficas. Rio de Janeiro, Fiocruz, 1998, pp. 9-27.

DUARTE, Luis Fernando Dias. Indivíduo e pessoa na experiência da saúde e da
doença. Ciência e saúde coletiva, 8(10), 2003, pp. 173-183.

FOUCAULT, Michel. O nascimento da medicina social e O nascimento do Hospital. In FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro, Graal, 1979, pp. 79-112.

HELMAN, Cecil G. 1994. Definições culturais de anatomia e fisiologia. In: Cultura, saúde e doença. (trad. Eliane Mussmich) Porto Alegre: Artes Médicas, pp.30-47.

HERZLICH, Claudine. A problemática da representação social e sua utilidade no campo da doença. Physis, 1(2), 1991, pp. 23-35.

LAPLANTINE, François. Modelo maléfico e modelo benéfico. In LAPLANTINE, François. Antropologia da doença. São Paulo: Martins Fontes, 2004, pp. 101-145.

LAQUEUR, Thomas. Inventando o sexo: corpo e gênero dos gregos a Freud. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001.

LEVI-STRAUSS, Claude. A eficácia simbólica e O feiticeiro e sua magia In LEVI-STRAUSS, Claude. Antropologia estrutural. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1967.pp. 193-236.

MARTIN, Emily. A mulher no corpo: uma análise cultural da reprodução. Rio de Janeiro: Garamond, 2006.

PORTER, Roy. Das tripas coração: uma breve história da medicina. Rio de Janeiro: Record, 2015.

ROSE, Nikolas. A política da própria vida: biomedicina, poder e subjetividade no século XXI. São Paulo: Paulus, 2013.

VAN DER GEEST, Sjaak; WHITE, Susan R.; HARDON, Anita. 1996. The Anthropology of pharmaceuticals: a biographical approach. Annual Review of Anthropology 25:153-78.