UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

FORMULÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA
 

UNIDADE: INSTITUTO DE BIOLOGIA ROBERTO ALCÂNTARA GOMES
DEPARTAMENTO: DEPTO. DE ZOOLOGIA
DISCIPLINA: Sistemática Zoológica e Biogeografia
CARGA HORÁRIA: 60 CRÉDITOS: 4 CÓDIGO: IBRAG11-12324
MODALIDADE DE ENSINO: Presencial TIPO DE APROVAÇÃO: Nota e Frequência
 
STATUSCURSO(S) / HABILITAÇÃO(ÕES) / ÊNFASE(S)
ObrigatóriaIBRAG - Ciências Biológicas (versão 6)

TIPO DE AULA CRÉDITO CH SEMANAL CH TOTAL
Teórica4460
TOTAL 4 4 60

OBJETIVO(S):

Por meio de aulas teóricas e práticas, transmitir conhecimentos sobre:
1) escolas de classificação biológica
2) conceitos de espécie e especiação
3) reconstituições filogenéticas
4) aplicação do método cladístico
5) os diversos conceitos de biogeografia
6) padrões de distribuição das espécies
7) métodos em biogeografia

EMENTA:

O que é biodiversidade - discussão sobre o conceito.
As coleções científicas - sua importância, como são criadas e mantidas. A legislação de coleta de espécimes animais. A preparação de espécimes animais.
Desenvolvimento histórico do pensamento em sistemática biológica, conceitos básicos.
Escolas sistemáticas: sistemática tradicional, fenética, gradista e filogenética.
Sistemática filogenética: plesiomorfia, apomorfia, agrupamentos taxonômicos, grupos monofiléticos, parafiléticos e polifiléticos, sinapomorfia, homoplasia, matrizes de caracteres, construção de cladogramas.
Classificação biológica e categorias taxonômicas: sistema de hierarquia, categorias inferior e superior.
Conceitos de espécie e modos de especiação.
Fundamentos práticos em sistemática biológica: organização de coleções zoológicas, coleta e preservação de material biológico, pesquisa bibliográfica, procedimentos de publicação de textos de sistemática biológica.
Nomenclatura biológica, código internacional de nomenclatura zoológica, sistema binomial, prioridade, homonímia, sinonímia, publicação, tipificação, nomes.
Princípios de biogeografia. Principais escolas de Biogeografia Histórica (princípios e métodos): dispersialismo; biogeografia filogenética, panbiogeografia, biogeografia cladística.
Análise espacial. Áreas de distribuição e de endemismo.
Fatores ecológicos, históricos e biológicos da distribuição: deriva continental.
Dispersão, vicariância, endemismo, provincialismo e cosmopolitanismo.
Regiões e províncias biogeográficas. Por que a América do Sul é megadiversa?
Grandes mudanças continentais e climáticas no Terciário e Quaternário.
Padrões de distribuição dos táxons no espaço e no tempo.
Filogeografia.
Metodologia:
Aulas expositivas, discussão de textos.

Avaliação:
Freqüência, prova, apresentação de seminários e participação na discussão de textos.


PRÉ-REQUISITO 1:

IBRAG11-12344 Evolução
 
BIBLIOGRAFIA:

Amorin, D.S. 2002. Fundamentos de Sistemática Filogenética. Holos Editora, Ribeirão Preto, 156p.
Amorim, D.S. 1991. Refuge model simulation: testing the theory. Revista brasileira de Entomologia 35: 803-812.
Amorim, D.S. 2001. Dos Amazonias, pp. 245-255. In: J. Llorente & J.J. Morrone, Introducción a la Biogeografía en la Latinoamérica: Teorías, conceptos, métodos y aplicaciones. Las Prensas de Ciencias, Faculdad de Ciencias, 277 pp.
Amorim, D.S. & M.R.S. Pires. 1996. Neotropical Biogeography and a methods for maximum biodiversity estimation, p. 183-219. In: Bicudo, C.E.M. & N.A. Menezes (eds.). Biodiversity in Brazil, a first approach. CNPq, São Paulo, 326 p.
Avise, J.C. 2000. Phylogeography: the history and formation of species, 439 p.
Bininda-Emonds, O.R.P.; Gittleman, J.L. & Steel, M.A. 2002. The (super) Tree of Life: procedures, problems, and prospects. Annual Review of Ecology and Systematics, 33: 265-289.
Brown, J.H. & M.V. Lomolino. 1998. Biogeography, 2nd edition, Sunderland, Sinauer Associations, 691 p
Caballero, E.J.L. & Suárez, G.P. 1999. Métodos de análisis en la reconstrucción filogenética. Bol. S.E.A., no. 26, 1999: 45-56. (Disponível no site: http://entomologia.rediris.es/sea/bol/vol26/s1/articulo/index.htm)
Claridge, M.F.; Dawah, H.A. & Wilson, M.R. 1997. Species: The Units of Biodiversity. London, Chapman and Hall.
Costa, L.P. 2003. The historical bridge between the Amazon and the Atlantic Forest of Brazil: a study of molecular phylogeography with small mammals. Journal of Biogeography 30: 71-86.
Cox, C.B. 2001. The biogeographic regions reconsidered. Journal of Biogeography 28: 511-523.
Gallo, V. & Figueiredo, F.J. (2004): Paleobiogeografia. In: CARVALHO, I.S. (Org.). Paleontologia. 2a. ed., Interciência, Rio de Janeiro, v. 1, p. 247-266.
Hennig, W. (1966): Phylogenetic Systematics. Urbana, University of Illinois Press, 263p.
Hennig, W. (1966): Elementos de uma Sistemática filogenética. Buenos Aires, Ed. Universitária de Buenos Aires, 353p.
Lipscomb, D. (1998): Basics of Cladistic Analysis. George Washington University, Washington, D.C. Schuh, R.T. (2000): Biological Systematics: Principles and Applications. Cornell University Press, 256p.
Morrone, J.J. 1994. On the identification of areas of endemism. Systematic Biology 43: 438-441.
Morrone, J.J. 2000. La importância de los Atlas biogeográficos para la convervación de la biodiversidad, p. 69-78. In: Piera, F.M.; J.J. Morrone & A. Melic. (eds.), PrIBES 2000.
Morrone, J.J. 2001. Sistemática, biogeografia, evolução; los padrones de la biodivesidad em tiempo-espacio. Facultad de Ciências, UNAM. 124 p.
Morrone, J.J. 2001. Homology and areas of endemism. Diversity and Distributions 7: 297-300.
Morrone, J.J. & J.V. Crisci. 1990. Panbiogeografia: Fundamentos y métodos. Evol. Biol. (Bogotá), 4: 119-140.
Morrone, J.J. & J.V. Crisci. 1995. Historical Biogeography: introduction to methods. Annual Review Ecological Systematic. 26: 373-401.
Morrone, J.J. & J.M. Carpenter. 1994. In search of a method for cladistic biogeography: na empirical comparation of component analysis, Brooks parsimony analysis, and three-area statement. Cladistics 10: 99-153.
Morrone, J.J.; Espinosa, D. & Llorente, J. 1996. Manual de Biogeografia Histórica. Universid Nacional Autónoma de México. México.155p.
Nelson, G. & N. Platnick. 1981. Systematics and Biogeography, cladistics and vicariance. Columbia University Press. New York. 567 p.
Nelson, G. & N. Platnick. 1984. Biogeography. Carolina Biology Readers, 16p.
Papavero, N. & J. Balsa. 1986. Introdução histórica e epistemológica à Biologia comparada, com especial referencia à biogeografia. I. Do gênese ao fim do Império Romano do Ocidente. Biótica. Belo Horizonte. 168p.
Papavero, N.; D.M. Teixeira & J. Llorente-Bousquets. 1997. Historia da Biogeografia no período Pré-evolutivo. Plêiade/Fapes. São Paulo. 258 p.
Rapoport, E.H. & J.A. Monjeau. 2001. Areografía, pp. 23-30. In: J. Llorente & J.J. Morrone, Introducción a la Biogeografía en la Latinoamérica: Teorías, conceptos, métodos y aplicaciones. Las Prensas de Ciencias, Faculdad de Ciencias, 277 pp
Rosen, B.R. 1995. From fossils to earth history: applied historical biogeography, pp. 437-481. In: Myers, A.A. & P.S. Giller. (eds.). Analytical Biogeography; na integrated approach to the study of animal and plant distributions. Reprint. Capman & Hall. London.
Wägele, J-W. 2005. Foundations of Phylogenetic Systematics. Verlag Dr. F. Pfeil, München.
Wiley, E.O.; Siegel-Causey, D.; Brooks, D.R.; Funk, V.A. (1991): The compleat cladistic. A primer of phylogenetic procedures. Special Publication n. 19, The University of Kansas, Museum of Natural History, Lawrence, Kansas.